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O que você tem para oferecer ao novo mercado de trabalho da Revolução 4.0?

Especialistas analisam cenário e fatores para compreensão do novo contexto.

Com a evolução dos dispositivos tecnológicos, não raro aparecem notícias nos meios de comunicação sobre a substituição da mão de obra humana por robôs e dispositivos eletromecânicos. Isso indica não apenas que houve evolução tecnológica sem precedentes, até o momento, como também que o contexto mudou, e com ela o mercado de trabalho.

No cenário disruptivo (aquele que rompe com a realidade ou lógica vigente) surge a economia do conhecimento. O conceito não é recente, mas apresenta uma ideia surgida há pelo menos 20 anos e significa um cenário laboral onde o conhecimento  — técnico, científico, prático e de nível intermediário e avançado — é a bola da vez.

Segundo o mestre em gestão de ‘Recursos Humanos e Comportamento Organizacional’, Luciano Medeiros, a ‘economia do conhecimento’ se refere à própria aplicação das potencialidades humanas ao desenvolvimento da economia e das sociedades como um todo. Marca crucial das comunidades industriais mais avançadas, o termo delimita a transição da ‘economia de produção’ para a ‘economia de serviço’, em que as habilidades intelectuais se tornam a grande fonte de valor agregado.

Para Medeiros, as habilidades intelectuais são fonte de inovação — no processo de pesquisa e desenvolvimento de produtos (P&D) — e no planejamento funciona como espécie de tecnologia do conhecimento. Ele destaca que o capital intelectual já é considerado um dos principais ativos das empresas na atualidade.

“Considerado a ‘riqueza invisível’ das organizações, ele é fruto dos investimentos organizacionais em capitais humano, estrutural e relacional. Todos eles são encontrados no núcleo da economia do conhecimento”, explica.

 Protagonismo

Segundo o administrador e pesquisador em ‘Gestão Estratégica de Pessoas’, Rodrigo Fortunato, a economia do conhecimento é o elo que interliga a Quarta e a Quinta Revoluções Industriais. Ela faria a junção da tecnologia robótica à inteligência humana.

Em constante transformação, a tecnologia e a economia moldaram a cultura, o modo de vida e o cotidiano de indivíduos, em todo o planeta. Tais mudanças geraram transformações nas pessoas e organizações, porém, na visão de Fortunato, nenhuma delas é mais importante que o protagonismo em relação à própria carreira.

“A participação do homem é ainda mais importante, tendo em vista o aumento da colaboração humana aos sistemas inteligentes. Juntos, buscam aumentar a produtividade e a eficiência das organizações”, analisa.

Além do protagonismo, os setores de recursos humanos apostam em habilidades técnicas (hard skills) e, sobretudo, nas habilidades comportamentais (soft skills). Embora haja inovações e mudanças estruturais e disruptivas no mercado, tais habilidades sempre estarão presentes entre aqueles que ocupam uma vaga no mercado de trabalho.

Leia o restante desta matéria, da RBA ed. 138, clicando aqui.

Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação CFA.